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Migração Monarca - 2014 |
O que fiz (e estou ainda fazendo) nestas duas vezes em que realizei projetos de arte nas ruas de Lisboa trata-se mais de intervenção artística no espaço urbano do que o tradicionalmente entendido como arte urbana.
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Migração Monarca - 2014 |
No meu caso os projetos são realizados sempre com peças de uma escala discreta; não são paredes inteiras, muros de 5 metros de extensão, ou esculturas monumentais. São peças pequenas, infiltradas. Não são obras que cobrem e ocupam de forma incisiva um espaço ou uma superfície.
Nos
dois projetos (Migração Monarca, de 2014, e Aposto, de 2015) houve o desejo de orientar meus trabalhos a partir de manifestações culturais tipicamente lisboetas, e ao mesmo tempo integrar os próprios projetos a estes elementos culturais que os informam e os guiam. No primeiro caso, as ornamentações das festas dos santos populares, e no segundo, as fachadas azulejares.
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Aposto - 2015 |
Eu vejo muitos casos de arte urbana que anulam o que havia antes deles. Se pretendem mais chamativos do que qualquer outra coisa que exista nas imediações. Não é por aí que eu gosto de ir. Eu gosto de tentar um diálogo com o que já existe.
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